segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Cacau maravilha: é quase impossível não gostar...

por Milca Souza

Chocolates superamargos são um refresco para o coração

Anna Paula Buchalla
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No fim dos anos 90, descobriu-se que o chocolate amargo ajudava a proteger a saúde cardiovascular. Essa qualidade foi reforçada na semana passada, com a publicação de um estudo na revista da Associação Médica Americana. De acordo com pesquisadores da Universidade de Colônia, na Alemanha, 6 gramas diários de chocolate amargo são suficientes para reduzir a pressão arterial. Seis gramas equivalem a um quinto de uma barra pequena e têm apenas 30 calorias. Ou seja, não é preciso entupir-se da guloseima para ter benefícios. Ao longo de dezoito semanas, foram avaliados os efeitos desse tipo de chocolate em 44 homens e mulheres com hipertensão leve. Os participantes registraram, ao término do trabalho, uma queda média de 2,9 pontos na pressão máxima (sistólica) e de quase 2 pontos na mínima (diastólica). Aparentemente modesta, essa redução teve repercussões clínicas importantes. A prevalência de hipertensão baixou de 86% para 68%.
Atribuir propriedades medicinais ao chocolate é algo que se busca desde que o seu consumo se disseminou na Europa. Quando foi produzida a primeira barra de chocolate, em 1847, pela fábrica inglesa Fry&Sons, a guloseima era freqüentemente receitada para tratar os mais diversos males – de pulmões fracos a escorbuto. Na segunda metade do século XX, por causa das altas taxas de açúcar e de gordura saturada, o chocolate transformou-se em vilão da boa saúde. Há menos de dez anos, o chocolate foi reabilitado – em sua forma amarga. Rico em antioxidantes, sobretudo polifenóis e flavonóides, ele auxilia no combate aos radicais livres, as moléculas tóxicas que comprometem o bom funcionamento do organismo, danificam o músculo cardíaco e causam o envelhecimento das células. Se consumido com moderação, até a sua gordura saturada pode ser boa. Os últimos estudos concluíram que, uma vez ingerida, ela se converte em ácido oléico no fígado. Encontrado também no azeite de oliva, o ácido oléico funciona como uma vassoura nas artérias, limpando-as do acúmulo de colesterol.
Quanto maior a concentração de cacau, maior é a quantidade de compostos antioxidantes presente no chocolate – e, conseqüentemente, mais saudável ele é. Diante da comprovação de tantos benefícios, a indústria passou a investir pesado no segmento dos amargos. Foram colocados no mercado chocolates com altíssimo teor de cacau – os superamargos. Neles, a concentração de cacau varia entre 56% e 99%. "É um produto que agrada tanto àquela parcela da população preocupada com a saúde quanto a outra, mais específica, composta de apreciadores de chocolate fino e puro", diz a pesquisadora Priscilla Efraim, do Instituto de Tecnologia de Alimentos.

Você sente dor de cabeça? De que tipo é a sua dor?

por MILCA SOUZA
TESTE

A Sociedade Francesa de Estudo da Enxaqueca e da Cefaléia elaborou um teste para ajudar a definir se o paciente tem uma simples dor de cabeça ou uma enxaqueca – distinção importante para determinar o tratamento correto

SIM
NÃO
1. A dor de cabeça evolui em "crises", que duram de algumas horas a alguns dias, sem nenhuma dor entre uma crise e outra?

2. Você já teve pelo menos cinco dessas crises?

3. Sua dor de cabeça apresenta pelo menos duas das características abaixo?

Localizada em um lado da cabeça

Pulsátil (latejante)

Aumenta com esforços como correr ou subir escadas

É bastante intensa


4. A dor é acompanhada de um dos seguintes sinais?

Enjôo

Intolerância a luz e barulho


RESULTADO
4 pontos: seu caso é certamente uma enxaqueca.
3 pontos: provavelmente é enxaqueca.
1 ou 2 pontos: provavelmente não é enxaqueca.
0 ponto: certamente não é enxaqueca.

Fique atento(a): Remédios de uso cotidiano são a maior causa das alergias !!!

por Milca Souza
Comuns e traiçoeiros:
Uma pesquisa revela que remédios de uso cotidiano, como os analgésicos, são a maior causa das alergias graves
Paula Neiva
NESTA REPORTAGEM
Quadro: Os agentes mais perigosos
EXCLUSIVO ON-LINE Mais sobre o tema

Urticária, inchaço, falta de ar, náusea, dor abdominal. Esses são os sintomas mais comuns das crises graves de alergia – distúrbio que, no jargão médico, tem o nome de anafilaxia. Em alguns casos, esses ataques são tão violentos que podem levar à morte por asfixia ou por parada cardíaca. Estima-se que 250.000 brasileiros estejam sob o risco de sofrer uma reação alérgica intensa, o que representa cerca de 0,5% dos 55 milhões de vítimas de alergia no país. A maioria desses episódios potencialmente fatais, revela uma pesquisa da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, é deflagrada por remédios de uso corriqueiro, sobretudo analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos. O dado é especialmente preocupante num país como o Brasil, onde a automedicação é um hábito cultivado por 60% da população. No segundo lugar do ranking dos causadores de alergia grave estão os alimentos, seguidos pelas picadas de insetos.
A alergia tem um forte componente genético. Ela resulta de uma interpretação equivocada e exagerada do sistema imunológico diante de uma substância estranha ao organismo que normalmente não causaria nenhum mal – tanto pode ser um ácaro quanto um camarão frito. O sistema imunológico entra, então, em alerta e inicia o ataque contra o suposto inimigo. O processo é deflagrado em menos de um minuto e atinge o seu ápice na primeira meia hora. "Identificar as causas de uma reação alérgica é fundamental porque, em geral, as crises tendem a se agravar nos contatos posteriores com o seu agente deflagrador", diz o médico Luiz Antonio Bernd, um dos coordenadores do estudo. Por isso, não se deve negligenciar nenhuma reação alérgica, ainda que ela seja branda. Nos prontos-socorros de referência das grandes cidades brasileiras, três pessoas, em média, são atendidas diariamente vítimas de uma crise aguda de alergia. O tratamento prevê injeções de antialérgicos e até mesmo de adrenalina, para reverter rapidamente os sintomas mais graves.
É verdade que nem sempre é fácil identificar agentes causadores de alergia. Mas já há exames de sangue e testes na pele capazes de revelar cerca de 200 dos principais alérgenos – do leite à proteína da banana, do veneno de abelha ao látex. A medicina avançou também no tratamento da doença. Além de remédios mais seguros e potentes, existem vacinas de controle da reação a ácaros, pólen, fungos e venenos de insetos. Aplicadas ao longo de três anos, em média, elas são eficazes em pelo menos 70% dos casos.

Fase do "enta" é alvo de campanha contra a aids


Neste ano, a turma que já entrou na fase da vida que o sufixo da idade é o enta – isto a partir dos 50, é o alvo da campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, realizada pelo Ministério da Saúde. Em Feira de Santana, 86 pessoas nesta faixa etária estão em tratamento contra a aids. São 56 homens e 30 mulheres. O problema: a grande maioria desta faixa etária não usa camisinha nas suas relações sexuais. Assim, abre-se uma janela para a contaminação das DSTs.
Hoje se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. O slogan deste ano é: “Clube dos Enta. Sexo não tem idade. Proteção também não”. Os cinquentões em diante são pessoas que geralmente nunca usaram preservativo nas suas relações sexuais e por resistirem ao seu uso, podem ser contaminados por uma DST ou pelo vírus HIV.
A Coordenação Municipal de DST/HIV/aids montou um estande no Centro de Abastecimento e chamou a turma do enta à responsabilidade. Foram informados sobre a doença, receberam preservativos e, quem quis, fez exame de sangue para verificar se é portador do HIV. Os resultados serão entregues dentro de 20 dias úteis, na coordenação, que fica no Centro de Atendimento Especializado Dr. Leone Leda, antigo Posto de Higiene, em frente ao Feira Tênis Clube.
O coordenador do programa em Feira, Walternei Morais, disse que todos foram orientados para que tenham a camisinha como uma ferramenta de proteção, que todo mundo precisa se cuidar e que a DST, inclusive a aids, pode contaminar qualquer pessoa. “Mostramos a todos que ninguém está imune à doença e que a única forma de preveni-la é usando a camisinha”.
De acordo com ele, a decisão do Ministério da Saúde em se voltar para esta faixa etária deveu-se ao fato de que as estatísticas mostram que o número de contaminados entre os cinquentões, sessentões e setentões está aumentando. “Nunca foi feita uma campanha direcionada a este segmento. Pela primeira vez está sendo realizada uma campanha que tem como foco este segmento da nossa sociedade. Daí a sua importância”.
O agricultor Américo de Souza, que reside na Fazenda Soares, distrito de Jagura, disse que nunca usou preservativo na vida. Mas que a partir de agora vai ficar atento, mesmo afirmando que “é um homem caseiro”. “Sabia que existia esta tal de aids, mas não sabia que o problema era tão grave assim”.
O também agricultor Arnaldo Ferreira da Silva, que reside em Bonfim de Feira, é outro que resistiu até hoje o uso da camisinha. “Como não procuro nada fora, nunca me preocupei. Mas os homens devem usar a camisinha para se proteger e também a mulher. Nunca se sabe”. Ambos fizeram o exame de sangue.
A participação surpreendeu, por se tratar de pessoas um tanto resistentes a este tipo de abordagem. De acordo com Caroline Oliveira, da coordenação do programa, apenas nos primeiros 90 minutos, mais de 40 homens recolheram material para o exame. (Batista Cruz).




Por Heber Fontes

Saúde Além do HIV...

por Milca Souza.
VEJA TAMBÉM Nesta reportagem• Quadro: O que acontece e por que acontece
...os portadores do vírus da aids têm de enfrentar o colesterol alto, o diabetes e a osteoporose
Adriana Dias Lopes - VEJA

Silvia Almeida, de 43 anos, convive com o HIV desde os 20, quando foi contaminada pelo marido. Em 1997, começou a ser medicada com o coquetel antiaids. Ela jamais manifestou algum sintoma da doença, até que, recentemente, durante uma consulta médica de rotina, descobriu que estava com excesso de gordura na corrente sanguínea, um importante fator de risco para os males cardiovasculares. Em menos de um ano, a concentração de triglicérides saltou de 100 miligramas por decilitro de sangue para 190. A de LDL, o colesterol ruim, de 150 para 250. O caso de Silvia é exemplar de um novo capítulo da história do tratamento da síndrome: o aumento da vulnerabilidade dos portadores do HIV, em tratamento com o coquetel antiaids, às doenças metabólicas. Entre esses pacientes, a incidência de hipercolesterolemia, por exemplo, chega a 60% – o dobro da registrada na população em geral.
Na história da medicina, são raros os registros de uma doença que tenha mudado tanto de características quanto a aids. No início da epidemia, na década de 80, a presença do HIV no organismo representava uma sentença de morte quase que imediata. Entre o diagnóstico e a fase terminal, transcorriam, em média, cinco meses. Com a chegada ao mercado do primeiro remédio anti-HIV, o AZT, lançado em 1986, os pacientes passaram a viver cerca de um ano com a doença. Só em meados da década passada, com a criação do coquetel antiaids, foi possível recuperar a capacidade do sistema imunológico dos infectados pelo vírus. Composto de dezessete medicamentos, de quatro classes distintas, o coquetel permitiu prolongar a vida dos portadores do HIV por tempo indeterminado. No Brasil, dos 600 000 soropositivos, 180 000 são beneficiados com o tratamento.
A contrapartida desse sucesso são as doenças metabólicas. Muitas delas se enquadram no grupo das reações adversas do coquetel. Outras são deflagradas por causa do longo tempo de exposição do organismo ao HIV. Como esse é um campo de investigação médica ainda muito incipiente, não foram desvendados todos os mecanismos que deflagram o surgimento dos males metabólicos. Já se sabe, contudo, que alguns dos remédios do coquetel, especialmente os inibidores de protease, dificultam a absorção das moléculas de gordura pelas células. "Como tais medicamentos têm uma estrutura molecular muito parecida com a das enzimas que quebram a gordura, o organismo se confunde e essas enzimas perdem a função. Com isso, sobra gordura na corrente sanguínea", diz o cardiologista Bruno Caramelli, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia e do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. Esse é o primeiro passo para o entupimento das artérias. Outros remédios do coquetel podem também dificultar a ação da insulina no organismo, facilitando o aparecimento de diabetes. Há, ainda, o comprometimento da produção de vitamina D, essencial para a construção de um esqueleto forte.
Os estudos mais recentes indicam que, depois de muito tempo no organismo, o HIV danifica a parede dos vasos sanguíneos, deixando-os mais suscetíveis ao acúmulo de placas de gordura. Uma das primeiras – e mais conclusivas – pesquisas sobre o assunto foi publicada em 2004 na revista especializada Circulation, da Associação Americana do Coração. Os pesquisadores mostraram que, em apenas um ano, a espessura das artérias carótidas dos soropositivos aumentou 0,074 milímetro. Pode parecer pouco, mas não é, quando se leva em conta que a densidade esperada para uma carótida é de no máximo 1 milímetro. Principal canal de irrigação sanguínea do cérebro, uma carótida mais espessa torna-se mais rija e vulnerável a entupimentos. Se o suprimento cerebral de sangue é interrompido, a ameaça é de derrame.
Assim como ocorre com a população em geral, em portadores de HIV as doenças metabólicas podem ser revertidas com mudanças no estilo de vida. Silvia Almeida, por exemplo, não precisou recorrer a medicamentos para baixar os níveis de gordura no sangue. Bastou que ela aderisse a uma dieta saudável e à prática regular de exercícios físicos. Um dos poucos trabalhos sobre o impacto dessas mudanças nas taxas de triglicérides e de LDL, entre os infectados pelo vírus, foi realizado por médicos do Incor, em parceria com a Casa da Aids, do Hospital das Clínicas. Ter uma dieta balanceada, praticar caminhada de quarenta minutos quatro vezes por semana e abandonar o cigarro compõe uma rotina capaz de, em dois meses, normalizar as taxas de gordura no sangue de 20% dos soropositivos em tratamento com o coquetel. Depois desse período, aos que não conseguiram aderir a um estilo de vida saudável ou não conseguiram atingir a normalidade, foram dados remédios específicos para o controle de doenças metabólicas. Em cinco meses, todos eles estavam com taxas normais de colesterol e triglicérides.

Animação de Parto Normal

É, NO MÍNIMO, TECNOLOGIA PURA !!!

por Milca Souza.